sábado, 27 de abril de 2024
...
Someone will always be prettier.
Someone will always be smarter.
Someone will always be younger.
But they will never be you
Now, find a non-cringe/scary way to transmit the message.
sábado, 24 de fevereiro de 2024
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024
Tempo Perdido
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder
É bem mais belo
Que esse sangue amargo
E tão sério
E selvagem! Selvagem!
Selvagem!
Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega
É da cor dos teus olhos
Castanhos
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Mas deixe as luzes
Acesas agora
O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens
domingo, 9 de abril de 2023
Memórias.
Há alguns anos escrevi um texto "engraçado", na versão anterior deste blog.
Um texto de título "A regra de Chain"
Depois disso Eu li alguns comentários bem engraçados e outros bem estúpidos.
A verdade é que em toda a minha vida, sempre que contei certas histórias, houve interesse em silenciá-las. Ou melhor ainda, que a minha versão da história não saísse.
Bem, eu registo e guardo imensa coisa (alguns ex-colegas já viram/testemunharam e perceberam).
Até os meus erros, pois permitem-me refazer alguns caminhos.
Bem, no ano lectivo 1996/1997 eu estava no segundo ano da minha licenciatura em Matemática. Os meus colegas de curso que ainda tiverem o caderno de Análise Matemática IV poderão confirmar parte do que eu contei ali. A outra parte, bem, ou acreditam em mim, ou descobrem quem foram os outros envolvidos e eles devem confirmar, sem conversar comigo.
Há muitas formas de insultar uma pessoa, sabem?
Suponham que durante toda uma vida lutaram por uma coisa. Não se iriam lembrar de algo com aquela gravidade?
Cresçam se fazem favor. Se a história é incómoda, não a abafem, não a ocultem, não façam de conta que não é verdade.
Façam é por não repetir episódios desta natureza.
Depois de ter acabado o curso ainda tive de ouvir o chefe de departamento num belo discurso a proibir-nos de falar sobre o que correu mal (...)
Foi um daqueles discursos que me caiu mesmo mal, e me fez começar a cultivar a distância de algumas pessoas e alguns meios.
Vão por em questão a minha palavra?
Hoje em dia, eu registo tudo. E para o azar de muito idiota... já o fazia antes de ter tido acesso pela primeira vez à Internet.
Há 1990 anos não estava vivo, e portanto não testemunhei a ressurreição de Jesus Cristo.
Mas em 1997 vi uma "regra de Chain", um "cosseno sem ponto fixo" e muitas outras coisas que eu seria bem mais feliz não tendo visto.
segunda-feira, 3 de abril de 2023
Cartões vermelhos...
Eu não tenho o hábito de me justificar, é algo que fui perdendo ao longo dos anos.
Uma vez que não sou burro nem um perfeito idiota, algumas pessoas deviam mesmo interrogar-se porque tomei certas decisões.
Não vão obter resposta. Mas deviam pensar nisso.
Lá pelo Natal, abri o Facebook. Apareceu-me uma mensagem que... me recordou de algo.
E bloqueei o tipo. Atenção, eu tenho bons motivos para não ter interesse em ter esse senhor na minha vida.
(Não vale a pena perguntar como é que eu sei)
E depois desse, "limpei" mais uma dúzia que na verdade não faz falta nenhuma.
Não, não bloqueio pessoas por "ninharias".
Bloqueio porque perdi mesmo o interesse em ter essas pessoas na minha vida.
Não é por um idiota negar um acontecimento que ele deixa de ter acontecido,
Quem diz um idiota diz uma multidão.
Dei-me ao trabalho de passar a registar episódios que eu preferia esquecer, mas, não podem ser esquecidos.
Não aponto o dedo sem certezas, sem registos.
Quem nega um acontecimento é pior do que um mentiroso.
É alguém que perdeu o direito a fazer parte da minha vida.
As pessoas falam, espalham boatos e mentiras.
Ás vezes ouço algumas, com as pessoas a ignorar que eu assisti à história que me contam.
Não as corrijo. Deixo-as "enterrarem-se".
Depois, dependendo do quanto se enterraram, ajo em conformidade
- Porque abandonei a Universidade da Madeira? (Não ponho os pés no edifício da Penteada desde 2004...E só voltei ao colégio dos Jesuitas para assistir a duas teses, uma de doutoramento e outra de agregação)
- Porque abandonei o mestrado na fcul em 2008? [O período 2006-08 mudou e muito a minha opinião sobre aquela casa]
- Porque abandonei o projecto "Gavela de Saberes" na casa do Povo da Camacha? (Se algumas pessoas tivessem noção que eu ali recebia abaixo do salário mínimo para trabalho "exclusivo", mordiam a língua... e não, não foi motivo único)
- ...
Eu já algumas vezes tentei expor algumas pessoas. Tentaram fazer-me passar por maluco ou mentiroso.
Não, eu não sou maluco nem mentiroso, nem continuo em meios onde sou prejudicado e querem à força que eu engula sapos para que algum incompetente fique bem visto...
Vivo é num mundo com muita "gente de merda", que é verdade, não se perde nada se for "bloqueada".
segunda-feira, 1 de agosto de 2022
Resultado correcto, resolução errada?
Também já vi "essa resolucão esta diferente da minha, logo so pode estar errada, isso de dar o mesmo resultado é só por coincidencia".
Em Matemática, raramente existem resoluções únicas. Por não terem ocorrido outras, não significa que não existam (a menos que se consiga de alguma forma provar que não existam outras).
Se uma resolução está errada, ha que encontrar e justificar o erro, ou o aluno arrisca-se a repetir.
E quando um aluno usou uma resolução minha, que eu sei que está correcta e foi classificado de errado?
A primeira coisa que faço é ver o que se passou. Se o aluno usou a resolução exactamente como a apresentei (por exemplo em problemas de probabilidades, variáveis aleatórias mal identificadas dão origem a este tipo de confusão), ou se mecanizou um método em vez de perceber um raciocínio.
O que fica para mim claro é que o professor não percebeu ou não se deu ao trabalho de tentar perceber uma resolução diferente da sua... e isso diz-me qualquer coisa sobre ele/a.
(Em particular pode sugerir-me que não é a pessoa indicada para o cargo... )
Há uns anos, apareceu-me um aluno que até tinha raciocinios correctos, mas mostrou-me fotos do seu teste, classificado com erros. Precisava só de passar aquela cadeira para ter o título.
Até ter feito esse teste não tinha sido meu aluno, portanto, não fui eu a lhe ensinar aquilo.
Podia ter acontecido o aluno usar matéria fora do programa (aprendido num video youtube ou com outro colega)
Mas não, depois de filtradas todas as hipoteses percebi que o aluno apenas raciocinou, recorrendo apenas à matéria que aprendeu.
Uma vez que eu não encontrava erro nenhum, sugeri-lhe que insistisse com a professora. Se está errado, ele tinha de saber onde havia falha de raciocínio.
Em vez disso, o aluno recebeu uma resolução com erros (tinha algumas falácias a meio).
E fiquei a olhar para aquilo como um burro a olhar para um palácio.
Incrédulo perguntei se aquilo tinha vindo mesmo de um professor.
Ele mostrou-me o email...
(Eu confirmei que tinha saído do servidor da faculdade...)
O aluno não era burro. Percebeu o que se passava com a resolução do exercício que tinha recebido.
Voltou a tentar conversar com a professora mas não estava a chegar a lado nenhum.
Vamos fazer como esta ali."
E na avaliação seguinte, voltou a vir uma questão semelhante. O aluno fez como lhe enviaram, mesmo com as falhas de raciocínio e teve a questão classificada como 100% correcta.
(Mandou-me foto do teste)
E isto numa disciplina de Matemática... no ensino superior.
Boas férias...
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022
Um problemático caso do efeito de Dunning-Kruger
Se há uma coisa que me aborrece e sempre me aborreceu, são (e foram) vigaristas e incompetentes, particularmente em Matemática.
No post "A regra de Chain", ou mesmo no post "Isso está errado" da versão anterior deste blog, (e em muitos outros sítios) contei a história de uma professora que nas aulas práticas de Análise IV, decidiu dar o exemplo da função cosseno como função que não tinha pontos fixos.
Ora... pontos fixos foram coisas que me apareceram muito cedo na vida.
Quando me ofereceram a minha calculadora científica, perdi algum tempo a explorá-la e a "brincar" com ela.
(a calculadora foi-me oferecida pela resolução de um problema no ensino secundário)
Nessa calculadora em particular notei que inserindo um valor e pressionando sucessivamente na tecla cosseno, a certa altura o valor no ecrã não se alterava mais.
Ou seja, eu tinha encontrado um valor x em que aparentemente cos(x)=x.
Dada uma função f, que parte de A e tem como conjunto de chegada o conjunto A, um ponto fixo de f é um elemento x de A, tal que f(x)=x.
(definição simples, que se consegue explicar a um aluno de 12 anos no 7º ano)
Portanto eu tinha-me cruzado com um ponto fixo da função cosseno.
Alguns anos mais tarde, ainda no ensino secundário, depois de dar o teorema de Bolzano, consegui provar rigorosamente a existência desse valor.
Ao chegar ao ensino superior, o conceito de ponto fixo reapareceu-me em Análise Numérica.
E em Análise Matemática IV, deu jeito ao professor (das aulas teóricas) que conhecessemos o teorema do ponto fixo de Banach (uma versão mais geral do teorema que tínhamos aprendido em Análise numérica). Um dos primeiros exemplos a que o professor recorreu, foi ao meu velho conhecido "amigo".
Qual não é o meu espanto, ao chegar à primeira aula prática da cadeira e a professora nos "garantir" que o cosseno não tinha ponto fixo (com argumentos de alguém que não faz a mínima ideia do assunto nem do que está a dizer)
Uma forma gráfica de determinar pontos fixos de uma função, é intersectar o gráfico dessa função com a bissectriz dos quadrantes ímpares.
Ora, eu saquei da minha Casio CFX-9800G, desenhei os gráficos das função cosseno e a recta y=x, a calculadora deu um valor aproximado e mostrei à professora.
A resposta dela foi esta:
"Isso é uma aproximação, portanto não considero que exista".
(Lembram-se de eu ter dito que provei a existência, recorrendo ao Teorema de Bolzano, ...o professor de teoricas ter dado o exemplo com o teorema do ponto fixo de Banach?)
Estavam alguns colegas a olhar para mim, eu disse, baixinho para o meu colega do lado: "Esta mulher acabou de mostrar que é uma vigarista, com aquele argumento, não existem 1/3, raiz quadrada de 2 nem pi...".
Não foi o caso mais grave que vi dela (obviamente, este é pior do que "a regra de Chain").
Ao fim de vários disparates (alguns piores do que este) eu simplesmente deixei de ir às aulas (práticas).
A história não fica por aqui. Eu dei aulas no ensino superior... dou explicações e quando me chegam alunos dessa senhora(sic) frequentemente encontro erros... desde os mais simples erros de contas que "toda a gente" comete... a erros de quem não faz a mínima ideia do disparate que diz.
Estes são os erros graves.
(Encaixam no que hoje em dia se chama síndrome/efeito de Dunning-Kruger - Na altura esta designação não existia)
A mulher chegou a regente da cadeira de Cálculo...
Nunca corrigiu o erro... (nem muitos outros).
Transmitiu conhecimentos errados... sem sequer um pedido de desculpas.
Na altura percebi que a escolha daquela instituição de ensino superior foi o pior erro da minha vida.
Algo que vi confirmado por mais algumas vezes até ao fim da licenciatura...
E depois ao dar aulas por lá... cheguei à conclusão que não queria absolutamente mais nada com aquela casa.
De vez em quando continuam a chegar-me alunos dali.
Só que a minha paciência tem limites.